OMS volta a alertar sobre a necessidade de apoio às ILPIs durante a pandemia


Em coletiva de imprensa concedida no dia 13 de maio, representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) voltaram a alertar sobre a situação crítica de contaminação por COVID-19 em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) ao redor do mundo. Para o Dr. Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, há várias razões para o alto número de mortes em ILPIs, entre elas a vulnerabilidade dos idosos, mas o problema mais comum em todos os países foi a falha em impedir que o vírus entrasse nessas instituições. Uma vez lá dentro, controlar a propagação é extremamente difícil. Além disso, ele acredita que houve demora em tratar dos primeiros casos.

Ryan pontuou ainda que, além da tragédia que é a morte de tantos idosos, a presença do vírus nas ILPIs pode significar a volta da doença à comunidade externa, por meio de visitas de familiares. “Ninguém está salvo enquanto todo mundo não estiver salvo”, afirmou. Para Ryan, a forma mais eficiente para o enfrentamento aos casos em ILPIs nesse momento é, além de ter uma resposta imediata à primeira contaminação, que hospitais locais priorizem e dêem suporte a essas instituições, promovendo acesso a médicos, enfermeiros e testes.

A Dra. Maria Van Kerkhove, Líder Técnica do Programa de Emergências de Saúde da OMS, reiterou que o objetivo principal é impedir que o vírus entre nas instituições, uma vez que, como essas pessoas vivem em um espaço comum muito limitado, o vírus se espalha com grande facilidade. E, se o vírus de fato entrar na unidade, é preciso ajudar essas instituições a terem preparados uma abordagem básica da avaliação de riscos e um plano de ação concreto para enfrentar a situação. É fundamental garantir que os funcionários das instituições sejam bem treinados e que os residentes tenham conhecimento do que é a COVID-19 e como eles podem proteger a si mesmos.

Kerkhove pontua também que é preciso garantir um equilíbrio entre o enfrentamento à COVID-19 e a manutenção dos tratamentos dos residentes com doenças crônicas e daqueles em estágio terminal, que precisam continuar tendo, além do tratamento clínico, acesso a suas famílias e entes queridos.

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